Biblioteca Nacional bate recorde histórico de visitas


Com fachada recém-reformada, visitas guiadas e oferta regular de exposições, Biblioteca Nacional alcançou recorde histórico de visitantes em julho: 16.108 pessoas (Foto: Marcus Gusmão)
 
 
No Centro do Rio de Janeiro, o imponente prédio da Biblioteca Nacional (BN), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), dificilmente passa despercebido. Por si só, é um convite para adentrar uma das mais antigas instituições culturais do Brasil, com 200 anos de história. Com a fachada recém-reformada, promoção gratuita de visitas guiadas e oferta regular de exposições, a instituição alcançou recorde histórico de visitantes em julho: 16.108 pessoas. O número representa um aumento de 76,9% em relação ao mesmo período de 2017 e de 220% em relação ao mês de junho deste ano. 
 
O número superou, inclusive, os registrados ao longo de grandes eventos ocorridos em anos anteriores. Durante a Jornada Mundial da Juventude, em julho de 2013, foram 10.478 visitantes; na Copa do Mundo, em julho de 2014, foram 8.878; e, durante as Olimpíadas, em julho de 2016, 6.955 pessoas passaram pelo local. 
 
"Um ponto central para o aumento de visitas foi o restauro da fachada do prédio. Foi de uma relevância enorme, o prédio compõe o perfil da Cinelândia e voltou a ter seu protagonismo", afirma a presidente da BN, Helena Severo. "Ter esse número recorde significa que nossa casa está interagindo e cumprindo seu papel, que é preservar e difundir a memória nacional", completa. 
 
A fachada restaurada foi entregue pelo MinC e pela Fundação Biblioteca Nacional em junho, após ficar quatro anos coberta por lonas e tapumes. A reforma, que durou 18 meses, contou com investimentos de R$ 10,7 milhões do Fundo Nacional da Cultura (FNC).
 
Tesouro
 
A BN é considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) uma das dez maiores bibliotecas do mundo e a maior da América Latina. Com acervo de mais de 10 milhões de itens, sua história remonta aos tempos da vinda da família real para o Brasil. 
 
O núcleo original do seu acervo é a antiga livraria do rei português Dom José I. A coleção de livros foi iniciada para substituir a Livraria Real, que foi consumida pelo incêndio que sucedeu o terremoto ocorrido em Lisboa em 1º de novembro de 1755. 
 
Mensalmente, o acervo é acrescido de 2 mil volumes de obras gerais e em torno de 5 mil fascículos de publicações seriadas. O acervo pode ser acessado também a distância, por meio da BN Digital, que já tem quase 2 milhões de documentos dos mais variados.
 
A Biblioteca tem a missão de coletar, registrar, salvaguardar e dar acesso à produção intelectual brasileira, assegurando o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais e a preservação da memória bibliográfica e documental do país.
 
Visitas
 
A Biblioteca Nacional oferece o serviço de visita orientada, de segunda a sexta feira, das 10h às 17h, e aos sábados das 10h30 às 14h30. As visitas, com duração aproximada de 40 minutos, são oferecidas em português, inglês e espanhol. 
 
Conduzidos por guias especializados, o serviço proporciona aos visitantes a possibilidade de conhecer a instituição e as mostras em exibição, além de ter acesso a espaços nobres e apreciar o conjunto da arquitetura que integra o prédio sede da Biblioteca Nacional. 
 
Uma mesa interativa de touch screen foi instalada no saguão e permite que os visitantes manuseiem virtualmente obras importantes do acervo da Biblioteca Nacional, guardadas em salas especiais e que raramente são vistas pelo público.
 
A BN recebeu quase 100 mil visitantes em 2017, uma média de 5 mil por mês. Em 2018, de janeiro a julho, o total de visitantes chegou a 45.656.
 

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