Artigo - A pureza no falar e o politicamente correto

 



A pureza no falar e o politicamente correto

Em minha formação intelectual eu fui e sou muito influenciado por Olavo de Carvalho, seja indiretamente, por meio de seus alunos, seja por influência direta mesmo. Durante muito tempo eu escutei de outros católicos no meio da direita que a rejeição aos palavrões era puro politicamente correto, já me aproximando dos meios mais tradicionalistas eu recebi uma rígida orientação com relação ao uso de palavrões, que é sempre um pecado mortal, se deliberado.

Ambos os argumentos têm sua razão, por um lado, a esquerda e o seu politicamente correto visam unicamente tolher a liberdade de expressão e calar a boca dos seus adversários, mas por outro, a castidade no falar é necessária como no agir e no pensar, não convém a um bom católico viver falando palavrões.

Como então resolver esse impasse? Entra aqui uma regra que eu aprendi do Matheus Diniz, seja extremamente rígido com você mesmo, e relaxado com os outros. Essa regra vale para tudo na vida, quando nos achamos no direito de emitir sentenças e ditar regras em tudo ao redor, mas não consertamos nem a nós mesmos.

Sendo assim, eu Ramon, evito e abomino o uso de palavrões por mim mesmo, e não que eu ache correto outra pessoa falar, mas eu não vou deixar de consumir um conteúdo ou escutar uma mensagem importante, pelo fato de que no meio da explanação a pessoa está usando um linguajar inadequado.

Vejo pessoas rejeitando o uso de palavrões por pura frescura e não por amor à pureza e à castidade. Gente educada e polida pode meter a mão no seu bolso sem proferir nenhum palavrão.

Portanto, ficam duas lições desta reflexão: Seja puro e casto no falar, no pensar e no agir e pare de ser fiscal da conduta dos outros. E de bônus, não deixe de escutar uma mensagem por causa da maneira como ela é dita, às vezes o conteúdo pode ser de extrema importância.


Link do Artigo: https://leaocatolico.blogspot.com/2020/12/a-pureza-no-falar-e-o-politicamente.html

Texto por: Ramon Pinheiro

Imagem de Gordon Johnson por Pixabay

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